31 de março de 2005

Jornais

O que falta ao Rugby nacional é o jornalismo que questiona as opções tomadas no que se refere, por exemplo, a convocatórias dos treinadores... vá lá... tenham a coragem de por isto um pouco a arder! Ah... mas não se esqueçam que tem que conhecer mais e melhor os jogadores e o jogo... brinquem um pouco à comentadores da bola (pseudo - treinadores).

Deixem de ser cordeiros mansos, simples relatores de jogos com maior ou menor parcialidade (é verdade! Sabem que isso tira credibilidade e interesse), com maior ou menor eufemismo...

como ex.: questionem-se porquê que há equipas que ganham por muito a outras e procurem o problema não nas que ganham (à partida aí não deve haver muita coisa para questionar) mas nas que perdem... será dos jogadores elegidos? Será do treinador? Será da organização do clube? Será dos árbitros? Será da exposição internacional que uns têm e outros não? Sei lá!! Há tanta coisa... vá lá!... procurem, vasculhem e exponham imparcialmente e sem paternalismo

Mais jornalismo e menos crónicas...

27 de março de 2005

mente sano en corpore sano... (Desculpem-me se por acaso o meu Latim não está correcto... é falta de estudos e conhecimento... afinal um homem não pode saber tudo!)

Este é o ideal da Grécia Antiga... certo? Agora... É normal a História repetir-se (...tal como aquela canção “bife” que a malta ouve por aí... “… And history repeats again... lá lá lá”)

È aqui que entra o dilema… eu não sei como funcionava à uns séculos atrás(?)... mas isto hoje em dia não é fácil!
Existe tanta informação, tanta oferta, tanta disponibilidade, tanta possibilidade, tanta opção, tanto divertimento, tanta preocupação, tanta noite, tanto dia, tanto homem, tanta mulher, tanta tentação, tanto esquecimento, tantos conhecidos, tantos países, tantas viagens, tanta exploração, tanto inexplorado, tanto desporto... eu sei lá?!... (seguramente ainda faltarão mais umas quantas coisas dos vossos anseios que eu não conheço...)

Ou seja, julgo eu que o ideal da Antiga Grécia está aí na “moda”... o problema é que todos os lados puxam para o excesso (será culpa do marketing?)... como consequência os interesses puxam para: Faz isto! Compra aquilo! E serás o desejo da sociedade!
Quer dizer que o produto (entenda-se tudo o que é vendável, incluído o corpo) não passa da mera e simples concordância dos que orbitam na nossa esfera de amizades, influências e carinho.
A abrangência deste fenómeno é claro a partir do momento que tomemos como realidade que a nossa relação com outros toca mais além do conhecimento que julgamos ter das palavras que dizemos. A ver se consigo dar um bom exemplo! Parece-me que o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis servem... todos nós sabemos que sexo com uma pessoa é também com mais umas quantas... o que nos leva a tomar o risco é apenas e só o divino prazer de luxuria de sexo trasbordante de tesão... pois é aí que está o perigo!

Este prolongamento da ligação sociedade - produto sucede porque todos nós somos tocados na mesma medida por outros, com os quais partilham da mesma forma distinta como nós a mesma intensidade de afectos com os demais... ufa, esta é tramada!

Mas bom... o que eu queria dizer ao fim e ao cabo é que a busca deste ideal antigo actualizado e modernizado, acerca-se muito da impossibilidade de realização a partir do momento em que o excesso do mais e mais que se requer para ser considerado um entendido da matéria respectiva de determinada disciplina, faz com que a integração e fusão de conhecimentos seja de altíssima dificuldade para a orientação que cada indivíduo elege da vida e como consequência ter a seu cargo a decisão e perseverança nas opções que tomou, toma e tomará, como o rumo mais adequado à sua forma de estar e viver.

Ah Ah ... digam lá se este não é um bom post para mostrar aos vossos pais ... ;-)

Agora a sério... espero que isto também vos sirva para aclarar ideias quanto ao que querem da vida.
Se acharem prepotência minha!... Força! Comentem... afinal não passam de umas linhas que os vossos dedos podem trautear por um teclado que conhecem melhor que eu.
Abraço e Boa Noite ou Dia... já ando como os “artistas”, perco-me nos tempos das 24 horas do nosso dia a dia

22 de março de 2005

7´s RWC – Hong Kong
(breve análise)

Antes de tudo. Parabéns!... Afinal, foi a melhor classificação de sempre!

1º dia - miserável; 2º dia - miserável; 3º dia - Bom

Apesar da classificação final ser agradável, convenhamos que apenas subimos um pequeno degrau, a ver:

  • derrotas fortes frente as grandes potências (Austrália, Fidji, Samoa)
  • vitórias claríssimas frente a quem tinha-mos obrigação natural de vencer (HK, Tunísia, Geórgia)
  • resultados nivelados com quem é neste momento do nosso nível (Canadá, Japão)

Julgo, que neste campeonato do mundo estabelecemos e confirmamos o novo nível ao qual pertencemos... ou seja, atrás das equipas de topo... gostaria de dizer logo atrás, mas os jogos com as grandes potências foram evidentemente pesados para afirmar tal.
Marcamos claramente, e tal viu-se na confiança dos jogadores, que perante os nossos adversários regulares o nosso campeonato é outro.
Atirámo-nos para a luta de confirmarem-nos como uma potência média e com perspectivas de pregar surpresas aos maiores, na minha opinião, esta é a partir de agora a tarimba pela qual nos devemos reger.

Na convocatória desta selecção houve uma intenção clara de levar uma equipa mais atacante, e tal foi claro pela lista de jogadores “principais” que alinharam nos jogos.
A questão que se deve colocar agora é se foi a estratégia mais indicada ou não? Pelo resultado final, sim! Pela qualidade de jogo, não!
Pareceu-me uma equipa totalmente desinteressada e débil nos 1ºs dois jogos (ok, vai de encontro a objectivos realistas, mas este forma de pensar do triste fado tem que acabar... veja-se a Tunísia que ganhou à África do Sul – felizmente!), no3º jogo o adversário era mau demais e lá nos safamos com relativo... “à vontade”.
No 4º e 5º jogo, os realmente decisivos. Safamo-nos! A vitória sobre o Canadá tem aquela estrelinha... e contra o Japão... foram jogos que pediram consistência colectiva e organização defensiva, e essa... nicles - normalmente defendia-mos 5+1+1... assim naturalmente surgem falhas de placagem devido ao imenso espaço que fica para quem está bem organizado... como tal, julgo que há que detectar onde é que começa o problema. No entanto não há dúvida que no jogo do Canadá as individualidades atacantes marcaram a diferença e ganharam o jogo.
6º e 7º jogo... houve um pouco mais de colectivo, mas os adversários já não são do nosso nível... e novamente foram individualidades atacantes a marcar ensaios e não o colectivo a funcionar, excepto numa ocasião ou outra.
No 8º jogo, não me pareceu que tenha sido o triste fado, mas apenas a incapacidade de poder-mos nos bater de igual para igual, como equipa, contra adversários deste gabarito.

Com este post não pretendo diminuir o resultado de Portugal, apenas tento o ver com outros olhos...

Abraço e continuem com os bons resultados

8 de março de 2005

Endeusamento


Triste fado o do ser humano, todos nós pensamos na nossa existência... no que é, de onde veio, para onde vai, o porque das nossa acções, os sentimentos, as emoções... porquê tudo isto e acima de tudo para quê?... Pois é! É à conta disto vêm as crenças populares, religiosas, políticas, etc. e até mesmo a inexistência de qualquer destas.

Ora, o que me faz confusão é a idolatração de semelhantes... que se adore algo que se entende que é superior a nós, tudo bem! Agora, qualquer tipo de aproximação ao mesmo tipo de sentimentos a alguém nosso par é que não!! Isso é submissão.

Mas pior do que alguém que adora, é o adorado... esse pobre que para satisfação das suas frustrações tem a necessidade de se sentir superior aos demais e que como tal usa da influência que tem sobre os adoradores para exercer um poder egoísta que implica e põe em causa todos os demais nas tomadas de decisão que leva a cabo e que são carregadas na maior parte das vezes de uma visão obtusa que leva mais ao desacerto do que à iluminação que julgam ter...

... pobres diabos, estes que detêm o poder da tomada de decisão...

5 de março de 2005